quinta-feira, 27 de maio de 2010

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Ando a tirar a carta de condução e sinceramente (com os medos que tinha) pensava não gostar nada das aulas práticas. Enganei-me. Ter aulas de condução ao final do dia é terapêutico. Sim, é terapêutico. Eu sei que posso acha-lo porque não estou todos os dias em filas na hora de ponta, mas continuo com essa opinião. Relaxa ouvir uma música agitada dentro do carro com um instrutor que nós diz com imensa rapidez : "Trava, embraiagem, reduz pra segunda, atenção à passadeira que o pião vai meter-se à estrada. Olha a velocidade...Trava que está vermelho ". E eu, com tanta coisa que tenho para ouvir (incluindo a música) não me lembro de mais nada..
Mas no outro dia... em relação à minha falta de precaução (devido aos imprevistos que podem aparecer na estrada) o Nuno, instrutor, referiu uma coisa que me deixou a pensar. A estrada tem de ser como quando saímos de casa, não olhamos pro céu porque não vai cair nada de lá (à partida) que nos magoe. Mas pode cair e podemos magoar-nos...
E pronto, o meu pensamento ficou ai mesmo, naquela parte em que na vida há coisas que fazemos de cor ou que partimos do principio que não acontece, ou acontece, por si só e por vezes há pequenos contratempos e que por estarmos acomodados não os sabemos ultrapassar.
Tenho uma observação parva, mas vou fazê-la:
se a vida é no fundo como uma aula prática de condução, então a vida é terapêutica e nós não sabemos porque não estamos habituados a vê-la assim...
Ou estou errada?!

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