quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"Lá de fora vinha o ruido do trânsito ao fim do dia, um ruído de gente e automáveis apressados, gente que queria voltar para casa, onde estavam os que amavam ou os que se tinham habituado a amar, sem fazer demasiadas perguntas nem exigir nada mais do que esse amor tranquilo de todos os dias.
Eu queria mais,vê tu! Queria viver no limite todos os dias, queria que as coisas estivessem sempre a correr. Conhecer novas pessoas todo o tempo, sair, ir a discotecas, divertir-me todos os dias, sentir que podia seduzir todos à minha volta e brincar com isso. Mas agora, agora que a noite chegou e fiquei sozinha, agora que te foste embora para a tua vida, agora que sei que também tu voltaste para casa onde tens alguém à tua espera, alguém que te ama, alguém que te dá paz, também a mim, de repente, me apetecia poder ir para casa e ter à minha espera alguém que me amasse. Não, não estou a dizer que queria que fosses tu. Não estou a dizer isso, estou a falar de alguém. Alguém sem nome.
Eu sei que algures, mais adiante na minha vid, hei-de encontrar quem esteja em casa à minha espera quando eu chegar. sim, eu sei, está escrito, é sempre assim. Mas era agora que queria não sentir este vazio, não te sentir tão distante, tão longe...Queria só dar um sentido à nossa viagem. Já sei que nada dura para sempre,mas o que fomos nós um para o outro:apenas comapnheiros ocasionais de viagem?Foi só isso o nosso encontro?"




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